domingo, 23 de outubro de 2011

LENHA BOA AQUECE DUAS VEZES

Embora a Guarda não seja Boticas,nem o Barroso,dadas as semelhanças,quer na casta das uvas,quer no clima,decidi,com o vinho que sobrou do pipito,engarrafá-lo,directamente de bica aberta,e enterrá-lo,tal como se fazia com o "dos mortos".
As garrafas,depois de cheias e bem arrolhadas,são colocadas numa vala aberta no chão,de gargalo para baixo,cobrem-se de terra e regam-se abundantemente para ficarem bem apertadas.A camada de terra,em cima delas,deve ter mais de 20 cms para não deixar que as rolhas saltem.O vinho,para evitar uma fermentação muito forte na garrafa que a levaria a rebentar,deve fermentar,mais de 10 dias em lagar.A última fermentação lenta,em garrafa,dá-lhe um pouquinho de gás muito agradável.
Depois direi se saiu alguma coisa de jeito.

Como dizia meu pai "lenha boa aquece duas vezes",uma vez a parti-la e outra vez no lume.


Por aqui a lenha ainda é melhor,aquece três vezes,ou mais:


Uma vez ao cortá-la e transportá-la;


Outra vez ao pitá-la e arrumá-la e


outra vez ao queimá-la.


Por isso a queimo com moderação e respeito.


mário



4 comentários:

  1. Gostei do termo "pitá-la", ao qual chamamos "picá-la". A lenha é dos mais fiéis dos amigos.

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  2. E as garrafas ficam enterradas quanto tempo? É que o meu vinho com o calor que tem estado só agora deixou de ferver nos barris.

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  3. Caro Cid

    Os Barrosões só o desenterravam para consumir.
    O vinho usada era de uvas morangueiras,pouco graduado,não convinha deixá-las mais de um ano.

    Um abraço,
    mário

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  4. Olhe que técnica tão interessante, essa do "enterro" do vinho! Desconhecia mas diga-nos depois, se a pinga é boa.
    E essa da "lenha boa aquece duas vezes" também não conhecia. :)) As coisas que o meu amigo me ensina!

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