quarta-feira, 17 de outubro de 2012

REBUSCO

Enquanto não gear vão dando,não amaduram tão bem mas,mesmo assim,são saborosos.

O rebusco,era um uso,vindo pelo menos da idade média.
Depois da colheita,sempre fica algo,umas batatas,umas castanhas,uns galelos,que quem não tinha podia ir colher.Um costume que não era uma esmola,não humilhava,era antes uma espécie de solidariedade.

mário

4 comentários:

  1. O rebusco era, em Pedome, mais usado com as castanhas. A partir dos Santos (1 de Novembro), o rebusco era permitido. Para as vinhas era "ir à galela".
    Mas, sorte a do Mário que no rebusco consegue uns morangos com esse excelente aspeto.
    E, não há nada equiparável ao sabor dos morangos que ficam maduros de forma natural na planta.
    Abraço

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  2. Olá!
    Já participei disto na pré adolescência, com café.
    Dizíamos "Recata".
    Um abraço do Brasil,
    Cri.

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  3. Mais um termo de que não tinha notícia:"rebusco" ou "ir à galela".

    No norte do Ribatejo usávamos "rabisco". "Respiga" no caso de apanha de espigas de trigo que ficavam na seara depois de limpa.

    Se "ir ao rabisco" nas vinhas era coisa de criançada, o "rabisco" da azeitona era algo de diferente. Muitas vezes era a forma de famílias mais pobres colherem o seu azeite, ou os mais velhos, especialmente as viúvas mais desvalidas. Em algumas famílias era mesmo prática deixar-se uma ou outra oliveira com menos carga por colher. Ficava então para o "rabisco" - tornando-se uma espécie de propriedade pública, com função caritativa.

    Quantas vezes ouvi o meu pai dizer:

    - Essa fica aí para o "rabisco". E se ninguém nã'na apanhar, comem-na os tordos que também são bicharada de Deus.

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