Hoje andam por aí outras versões actualizadas já não feitas no bucho mas nas bexigas e mesmo misturando outras carnes.
Aqui está ele ao fumo.
Pela pequena abertura,feita para o lavar,introduzem-se as costelas, parcialmente descarnadas (na imagem estão partidas mas eram mais vezes aplicadas inteiras,depois de sorçadas,misturadas com bastante cebola cortada grosseiramente.Cose-se a abertura,apertando o mais possível para retirar o ar,com linha de algodão.
Não deve estar ao fumo mais de duas semanas,como não pode ser bem cheio tem tendência a criar bolor.
Deve ser cozido com muito cuidado,aí está o segredo,da seguinte forma:
Envolve-se numa toalha de linho bem amarrada para o proteger;
Pendura-se de uma vara colocada na boca do pote para não encostar nas paredes ou no fundo;
A fervura deve ser lenta.
Se rebentar entra-lhe a água e fica estragado,isto é,com paladar aguado.
É um petisco que ainda hoje junta grande parte da família.
Como a matança do porco era guardada para o início das férias de natal,para toda a gente poder participar, o petisco do bucho caía, quase sempre,nos reis.
Havia um vizinho que se prontificava a ir de joelhos de Mairos a Travancas para comer do bucho,(são alguns 6 ou 7 kms.).
mário
Bom apetite!
ResponderEliminarFaltava o bucho para rematar. Esta sim, é a rainha das iguarias. Nem sei se me lembro de comer algum a que não tivesse entrado água.
ResponderEliminarAbraço